sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Entre fogos e ausências


O réveillon é um acontecimento. Não resta dúvida! Mas será que alguém pára e pensa sobre o que ele significa e sobre o que fizemos com ele?

Atentem, por favor, para estes números que revelam os custos das maiores festas de réveillon do país:
Rio de Janeiro: R$ 9 milhões;
Recife: R$ 5,5 milhões;
Fortaleza: R$ 4,5 milhões;

Panis et circenses vive!

Gosto sempre de me perguntar por que se teima em esquecer que o 1º dia do ano é o dia mundial da paz. Por que estourar as sidras se isso significa necessariamente beber e dirigir, sem falar da infinidade de pais que obrigam seus filhos pequenos a sorver a bebida alegando ser o ato um rito de passagem e ignorando o fato de que podem, por ventura, estarem iniciando a vida etílica daquela pessoa. E as lições de meio ambiente e conservação do planeta? Todas elas somem entre a fumaça das toneladas de fogos de artifício, espelhadas pelos céus do mundo todo...

Transformamos a passagem do ano num quase-monstro uniforme, numa festa belíssima, mas que esconde sob um véu brilhante, pequenas tragédias anunciadas.

Sonho com um réveillon diferente: uma festa sincera, que pode ser grandiosa, onde as pessoas se encarem de frente e, ao invés de apenas desejar um feliz ano novo, convidem os companheiros a fazer melhor neste ano que se inicia.

Esta é a grande ausência da festa da passagem de ano: uma ação!

Pense no significado que seria dizer "Vamos fazer melhor neste feliz ano novo!"

E para quem pensa que somente dizer não significa nenhuma mudança, lembre-se: "No princípio era o verbo."
Sim, acredito que a gente pode fazer diferente iniciando tudo através de uma frase.

Que tal você compensar esta ausência e criar a sua frase de ano novo?

Sabemos que não custa tentar.

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