sexta-feira, 22 de abril de 2011

Peixe na Semana Santa!

As coisas divulgadas no rádio e TV nem sempre são tão acessíveis a toda população. O que dizer então, quando tais coisas deixam de ser objeto de compra até daqueles que têm condições financeiras para tanto?

Seu Gerardo do Box 36 deixou de vender seu peixe em protesto aos preços absurdos praticados por seus colegas no mercado do peixe, na Beira Mar.

Faltam homens corajosos assim neste dias presentes.

Um dos últimos era crucifixado há quase 2000 anos atrás.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Páscoa, momento de reflexão! - Uma lembrança de Padre Ducéu


Hoje se inicia o momento mais importante do ano para a cristandade.

A páscoa marca o momento da ressurreição de Cristo.
Como nos diz Paulo, "Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação. Vazia também é a nossa fé". 1Cor 15,17

Certa vez, perguntei a um grande amigo qual era a maior festa do cristianismo.
Ele, como de costume, emergiu nos pensamentos e passou a refletir.
Sem paciência, comecei a indagá-lo:

- Seria o Natal? Falei.
- Bem, o natal é o nascimento de Cristo. É uma festa da família. É importante, mas...
- Mas e o Pentecostes? Retruquei.
- Com certeza, o Pentecostes foi essencial. Significou a vinda do espírito santo.
- Talvez o Corpus Christi.
- Também. Importante. Festa criada pela igreja ainda no Século XIII pelo Papa...

Não deixei nem ele terminar...

- Não seria a Páscoa, a Ressurreição?
Neste momento a sabedoria do meu amigo falou mais alto:

- Ora você perguntou pela festa mas importante e não pela razão da nossa fé e da existência da Igreja.

Grande amigo, aprendi muito com você.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

MEDITAÇÃO PARA PLANEJAR O FUTURO



Conta uma velha lenda que um homem certa vez sentou-se embaixo de uma dessas árvores, cansado e com fome, desejando comida. Imediatamente, apareceu um prato de comida. Ele saciou sua fome e só se questionou no que estava acontecendo quando pensou em algo para beber e viu à sua volta muitos sucos e vinho. Imaginou que deveria estar sonhando ou que alguns espíritos estavam fazendo truques com ele. Nisso, diversos espíritos apareceram e conforme ele foi ficando com medo, tudo que pensava continuava a se realizar. Até que apavorado pensou que agora só faltava eles o matarem. E assim aconteceu.

Esta parábola quer nos fazer compreender que nossa mente é a árvore dos desejos, e que nossos desejos mais cedo ou mais tarde vão se realizar. Se refletirmos mais profundamente, constataremos que nossos pensamentos, medos, desejos e receios estão criando nosso sofrimento ou nossa alegria neste momento. Eu costumo me perguntar, sempre que lembro, no que eu estou pensando e o que este pensamento me faz sentir. Experimente também.


Esta é uma cópia total do post original que está no blog
http://borboletamistik.blogspot.com/

Por Carolina Salcides

sábado, 16 de abril de 2011

Aos amigos mais próximos e mais distantes

Sinto saudades dos meus amigos mais próximos e mais distantes.
São poucos, é verdade. Mas são amigos.

Às vezes, penso no valor de amizades como a do Paulinho, Rogério, Francijési, Emílio, Aline, Dênis, Cristiane, Michel, Eliana, Juliana, Henrique, Moacir...Não tem preço!
São os amigos que não vejo há séculos, mas que, quando os reencontro parece que nos despedimos ontem.

E Valéria, Socorro, George, Carlos, D. Diva, Paulinho, Estenilda, Letices, Lúcia Carlos, Herbênia, Eduardo, Ronaldo, Diana, Maria, Rivelino, Fabiano? Gente que eu conheci através do trabalho. Pessoas que eu aprendi a admirar e que só não estão no primeiro parágrafo porque as vejo com mais frequência.

Tenho saudades do Juninho, Fabiano, César, Tatiane, Rodrigo, Belú, Diana, Jerri, Fábia, Webster, Soraya, Terezinha, Tácito, Carla, Egberto, Leandro, Isabele, Priscila, Wagner, Rodrigo, Gláubia, Regina, Sílvia, Francisca, Chiquinho, Catarina, Fróes, Simone, João, Mônica Emanuela, Linercy, Carlos Eduardo, Kamila, Lívia, Fábio, Túlio, Isac, pessoas que a memória teima em apagar mas que fizeram parte das melhores partes da minha vida.

E meus professores Océlio, Kênia, Edson, Fred, Gisafran, Funes, Roldemir, Margarida, Absurdo (Gerardo Jr.), Zé Maria, Jovelina, Lúcia Helena, Neurisberg, tantos cujas marcas permanecem até hoje, pois souberam ser mestres. Já outros, apenas as sombras ainda povoam minhas lembranças.

Quanto ao meus alunos, impossível lembrar de todos mas Amanda, Gutierrez, Rodrigo, Andréa, Kamilla, Luiza Raquel, trio MIL (Manuella, Isabele e Lorena), Mônica, Matheus, IsabellyGermano, Samuel, Cristina, Emílio, Alexandre, Felipe, Pedro, Ricardo, Luís Filho, meninos e meninas, hoje grandes homens e mulheres que estudaram no Cônego Agostinho, no Carolina Sucupira, no Universos, no CMJ, no Raimundo de Carvalho e no Mirian Porto Mota. Além dos meus queridos e queridas aluno do reforço em Jaguaruana e no Rosa Gattorno. Saudades de vocês.

O que posso falar do Francisco, do Vinicius, do Mons, Ducéu, que viraram estrelas que iluminam noites escuras e que continuam com minha amizade no plano espiritual?

Os inúmeros amigos que fiz na turma 62, dos medíocre (Karl, Keifer, Kildere - os que vejo sempre), os amigos do curso de epistemologias, o pessoal do Francês, o povo da História, os queridos do curso de teatro, de fotografia, de produção de eventos, os colegas de escola - Manuel Sátiro, Francisco Jaguaribe, SP e Logos Vestibulares, Liceu do Ceará, outros nomes do mestrado, outros nomes das escolas em que trabalhei, meus alunos da UVA/URCA/FATECE, os jovens da RCC e do ministério de música do Shalom, da Jufra, Mini-jufra e da incrível PJMP, pessoas que transitam pelas minhas lembranças.

Gente como Felipe Barroso, Alice Maia, que me comunico sempre através das redes sociais - gente do passado e do presente ao mesmo tempo.

A família, categoria em que não se pode citar nomes...
A família da minha esposa - família que eu escolhi - sem nomes, por favor...
Neste dois departamentos, nem a palavra "TODOS" inclui todo mundo!

Meus companheiros de trabalho de hoje, professores do MPM, também não podem exigir que cite nomes...São todos importantes, não posso perder ninguém sem que haja um grande prejuízo.

...

Carrego no peito um pedaço de cada um de vocês!

Há um tanto de outras pessoas a quem também carrego no peito, cuja memória me puniu e não me presenteou com o nome ou a lembrança. A vocês num sorriso, as mais sinceras desculpas. O problema está em mim, não em vocês...

A culpa é das sinapses, são as sinapses...porque o sentimento, esse não guarda diferença - é o mesmo!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Minha homenagem a quem gosta de fazer as coisas corretas!

Escolhas de uma vida

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".

Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...

Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.

Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!

O texto saiu de um site da net.
Quem o assina ou não é o jornalista Pedro Bial

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Assista o Trem Bala na TV!

Pense num programa inteligente, arrojado, decidido e desassombrado! É o Trem Bala na Tv.
Comandando pelo jornalista Alan Neto, vai ao ar "todo dia do meio dia"na TV O Povo, canal 48.
A "Tv do Povo, a Tv do Dummar Neto" como brada incessantemente o nosso Frankstein cearense, tem em sua companhia as Feras mais indiscutíveis em matéria de qualidade, posição e competência:
Sérgio Ponte, o repórter Bi-bola de ouro do Nordeste, o grande barba azul;
Moacir Luiz Dreher, o gaúcho pele vermelha, língua-de-trapo, nariz de palhaço;
E Evaristo Nogueira, Vavá Maravilha, o homem que não tem pavio!
Os bordões de Alan Neto garantem uma dinamicidade ao programa que tem um humor leve e informa ao mesmo tempo.
Depois do Trem Bala na TV, a crônica esportiva do futebol cearense nunca será a mesma.
Fico pensando...
Imagina o Sebastião Belmino na bancada!

Comentário meu publicado em outro site:
"Eu que não acompanhava o futebol cearense, penso que perdi muito por não acompanhar a crônica esportiva através de dois programas em especial: Toque esportivo e Trem Bala no rádio.
Dito isto, afirmo: O Trem bala na Tv é um achado, que na minha modesta opinião - de quem não conhece como funcionam as tvs - vai mudar o horário. Escrevam, as TVs cearense começaram os programas policiais mais cedo, diminuirão a duração, sei lá, mas vão mudar o horário para não perder a audiência.
Paremos para pensar: o que você prefere, uma TV que se espremer sai sangue ou um programa sobre o futebol cearense que é sério mas de onde se arrancam umas boas risadas?"

terça-feira, 12 de abril de 2011

Fortaleza e seus 285 anos!


Fortaleza comemora neste 13 de abril de 2011, 285 anos de história oficial mas não precisou de tanto tempo assim para atingir sua "puberdade" musical.
Nada contra a Leo Jaime ou a Daniela, mas adoraria ver Fausto Nilo, Rodger Rogério, Mascus Caffé, Evaldo Gouveia, Kátia Freitas, Davi Duarte, Cacimba de Aluá, Waldonys, Edinho Villas Boas...ufa São tantos!

Concordam, discordam?

Ps.: Ano passado fui ao aniversário de Fortaleza. Mais de uma hora de atraso e embora as atrações fosse boas (Moraes, Chico César e Seu Jorge), os músicos não estavam muito inspirados!

sábado, 9 de abril de 2011

Jaguaruana: Professores em formação

Na manhã de hoje, mais uma vez, estivemos juntos no Ginásio coberto Gerardo Correia Lima, professores da educação básica e eu, num momento de formação continuada com o tema Relação família X escola.
Após informes institucionais - Prof. Pedro Ivo e Profa. Herbênia Gurgel, a intervenção da Secretária municipal da Educação, Marnele, esclarecimentos jurídicos sobre o piso salarial com Dr. Juarez e as experiências êxitosas com as escolas Ten. Francisco Roque, N. Sra. do Livramento e Mons. Raimundo de Sales Façanha, falei por quase uma hora, a partir do texto Família possível na escola, sobre que estratégias desenvolver para tornar mais presente a família e comunidade dentro da escola.
A formação de hoje teve maior participação dos professores, foi bastante dinâmico e surpreendente.
As melhores surpresas ficaram por conta dos alunos das escolas que se apresentaram. Rádio escola, poesia e professora vestida de mosquito da dengue foram os destaques mais relevantes da formação.

@prof_kamillo

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Homenagem aos alunos e amigos

Este pequeno parágrafo foi postado com um simples objetivo:
Homenagear meus alunos e colegas da EEFM Mirian Porto Mota.
Diante do que vimos ontem, na tragédia ocorrida no Rio de Janeiro, onde 12 crianças de até 14 anos foram mortas por um jovem perdido no meio das idéias e que há muito tinha perdido a razão, está a escola.
Esta instituição que em muitos países do mundo resolveu seus conflitos da chamada educação básica, encontra no Brasil um terrível problema, o da violência, que já faz tempo, rompe os muros da escola.
No Mirian não tenho alunos tenho companheiros... Há alguns que se recusam em compartilhar, este, então, são alunos, a quem ensino história... Mal sabem que também aprendo com eles.
No Mirian não tenho colegas, tenho amigos, pessoa com que posso contar... Pessoas que oferecem as mãos com um abraço... Homens e mulheres que franqueiam os ombros para aqueles que passam e que ficam.
É muito bom trabalhar nesta escola, uma palavra que falta um "h" para se tornar as coisas mais precisas que temos na vida: "ESCOLHA!"

Vejam o blog mais vivo da CREDE 01

Até lá!

@prof_kamillo

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tragédia em Realengo

Este blog, escrito por um professor, está de luto.

A tragédia ocorrida na escola municipal Tasso da Silveira, no bairro do Realengo, Rio de Janeiro, fez até a presidente Dilma chorar. Se pensarmos que ela, mulher forte, presa política da ditadura militar brasileira, perseguida e maltratada pelo regime, não passou incólume pelo ocorrido, o que dizer dos milhões de professores deste país, que hoje acordou e passou sua manhã diante de um crime sem precedentes por estas paragens?

Por diversas vezes interrompi a notícia. Não consegui ver o final da crônica jornalística, escrita no dia do jornalista, dia em que os textos deveriam ser especiais...

Foram 12 vítimas que merecem nossas orações e boas intenções no fim desta noite.

É uma nação que se sente vitimada pela morte de suas crianças, que estudavam e pensavam num futuro.

É a humanidade que diante de acontecimentos desta natureza, se pergunta, desorientada, que caminho tomar, que escolhas fazer...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Daquilo que sentimos e das coisas que não sentimos.

Hoje foi super quarta. Expressão usada quanto temos vários jogos de futebol de diversas competições diferentes.
Como sou amante do rádio, muitas vezes rompo a madruga ouvindo ótimos comentários e transmissões após os jogos.
Meu canal preferido é a AM 1010, O povo CBN. A equipe é excelente.
Mas o que vale a postagem uma frase de um dirigente ao comentarista da Rádio Cidade 860, cujo nome ficarei devendo, após refletir sobre a derrota de seu time.
Ele disse:

"Ao sair de casa devo pensar o seguinte: O que eu imaginar, vai acontecer, mas devo me preparar para entender que pode acontecer aquilo que nem sequer consigo imaginar"

A frase usada no jogo de futebol serve exatamente para o momento da minha vida.

Forte abraço a todos!

@prof_kamillo


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Páginas Azuis de "O Povo" para Nonato Albuquerque



Todo este conteúdo é orginário do Portal de O Povo On Line!


O POVO - Apesar de atuar em outras mídias, o rádio é sua paixão?

Nonato Albuquerque - A grande paixão. O rádio é igual ao exercício de respirar. Eu faço e nem noto. Dá uma satisfação e é uma responsabilidade muito grande. Porque tudo o que se diz tem uma ressonância enorme. Atinge um grande público, mas está desvalorizado até pela categoria.

OP - As redes sociais estão substituindo?

Nonato - Acho que não. As redes sociais deram uma agilidade muito grande ao rádio. A internet veio favorecer. As redes sociais deram um incremento a ter mais informação atualizada da cidade. Hoje, eu me pontuo muito pelo Twitter ou Facebook.

OP - Mas é um público diferente.

Nonato - Porque tem mais jovens (nas redes sociais). A grande massa às vezes não conhece nem tem internet. Mas a internet veio solidificar no rádio a agilidade que esse veículo tem. É o mais ágil veículo. Acontece um sopro de tsunami no Japão e nós já sentimos a presença aqui pela velocidade dos meios de comunicação de hoje, das ferramentas que temos. E o rádio é o primeiro a dizer. Basta abrir o microfone. Não precisa “prepara, vai maquiar o apresentador, coloca set, vai começar, atenção pessoal”... não. É rapidinho até que você possa ter mais informações. Então, o rádio é bom por isso. E o rádio integra mais. Hoje em dia, a gente já acorda ligando o televisor para ver o noticiário do telejornal, mas o telejornal de manhã ainda é um refogado das notícias da noite. E o rádio já está recebendo telefonema de ouvintes que estão no dia a dia dizendo: “Olha, eu encontrei neste momento um grande congestionamento na BR-116. Avisa ao pessoal pra pegar outros caminhos”. E o rádio é fortalecido pela interatividade com o ouvinte. O celular nos deu uma oportunidade de colocar a facilidade. Antes, você precisava sair com uma mala de som pesada, enorme, e um gravador pras ruas.

OP - Como é que você lida com as redes sociais?

Nonato - Tenho Twitter, Facebook, MSN, LinkedIn. Sou um blogueiro por conta de vício, acho que é vício. Eu gosto. Me perguntaram: “Você ganha com seus blogs?”. Não, me dá prazer estar escrevendo. Eu tenho uma coisa incrível de ter que escrever. Falar e escrever, para mim, são as duas noções da minha presença na Terra nesta encarnação. E ler muito. Exagerado até.

OP - Mas, na internet, o público é mais jovem? Já conhecia você?

Nonato - É mais jovem. Muitos me descobrem na internet: “Você é o Nonato da rádio, da televisão? E você tem blog?” Um dia desses, eu fui para uma locadora de vídeos e peguei dois games de PlayStation 3.


OP - Você joga Playstation 3?

Nonato - Pronto. Foi o que a menina perguntou: “O senhor gosta disso?” É porque não tinha na minha infância. (risos) Não tinham descoberto ainda. E eu aproveito pra aprender antes de morrer. Ontem eu fiquei jogando baralho até 2 horas da manhã. É meio doido. É atualizando o blog, é jogando baralho, é olhando a televisão, é assistindo ao Jô Soares e é daqui a pouco preparando o livro para continuar a ler. Hoje, eu li na Folha de S.Paulo que informação demais prejudica os neurônios. Os meus já devem estar um pouco prejudicados (risos).

OP - E quem é o público da TV?

Nonato - O público de TV é a grande massa. O Barra Pesada é um programa que está mais entre o público B, D. Mas, na verdade, é o grande público que ainda é ávido pela informação que fala do mal do outro que satisfaz a alguém pra se sentir bem. Tem aquela história: “Ah, o vizinho está ruim da vida. Graças a Deus”. Parece assim. Nós vivemos em uma sociedade em que a notícia ruim dá ibope.

OP - Como você se sente noticiando isso?

Nonato - Meio estranho. Eu que já trabalhei em todas as editorias do jornal e nunca quis, sempre me afastei da editoria policial, “ah, não gosto disso, não”. Quando Tancredo Carvalho me chama, eu estava no Vida & Arte, e digo “só não quero o Barra Pesada”.

OP - E por que aceitou?

Nonato - Por uma mudança de atitude que, às vezes, eu conto nas minhas conversas, nas minhas palestras. É uma história muito longa.

OP - Tem um tom espiritualista.

Nonato - É, foi uma amiga minha de fora que me anunciou. “Nonato, você vai trabalhar em televisão”. E eu: “Que nada, não gosto de televisão”. Era uma amiga espírita. “Vai haver uma grande mudança na Terra que vai precisar de pessoas ligadas a informação para atuar em uma rede de informação em que não seja preciso ampliar ainda mais a grande tragédia da humanidade. Vamos passar por momentos difíceis, a violência vai duplicar.” Tudo o que hoje está acontecendo pra mim não é novidade.

OP - E ela disse isso quando?

Nonato - Antes do Barra Pesada, seis meses antes. Tanto que, dois meses depois que eu fui chamado, fui chamado para a TV Cidade fazer um programa de notícia. Eu, Miguel Macêdo, Dílson Pinheiro, era uma equipe para um show de entretenimento. Era uma equipe fantástica que ia trabalhar. Achei o projeto fabuloso. E faltando pouco tempo, chegou uma informação: “Não, nós vamos mudar”. Já havia matéria gravada, quadro de humor e tudo. “O programa vai mudar, vai ter outro perfil, vamos precisar divulgar o nome de uma figura que vai entrar na política”. Era o Cambraia. E esse programa ia ter um tom político. Dos 10 que estavam na produção, os 11 saíram. E eu também não queria nada com política. Até hoje, eu sou avesso a política partidária. Se eu não uso o meio de comunicação como trampolim, também não vou servir de trampolim para ninguém. Telefonei para ela (a amiga) e disse: “Minha amiga, você errou. Quem lhe anunciou esse presságio, que eu ia pra televisão, gorou”. E ela: “Olha, não sei qual é o projeto, não. Mas não era esse. É um programa policial”. Novamente, em silêncio, eu disse: “Deus me livre do Barra” (risos). E a língua paga.

OP - Mas você se arrepende?

Nonato - Não, não.

OP - Sua formação ideológica, princípios e valores não vão no contrário do que o Barra mostra?

Nonato - Todo mundo vê assim, mas há coisas que a gente nem acredita. É preciso que haja dores para que haja necessidade da busca. É preciso que haja o fogo para que haja a presença humana em debelá-lo. É preciso que haja um grito de dor para que alguém socorra. Não é que eu esteja sendo assim, o salvador, um curador, o Silvester Stallone, “eu sou a cura, eu tenho a cura”. Não, de maneira nenhuma. Eu estou em um propósito que eu já me identifico do meu encaminhamento de fazer esse programa fugindo do que já caiu no policialesco. Mas ele presta um grande serviço social quando passa a tratar da comunidade. O serviço comunitário de ir aos bairros, verificar demandas, cobrar, fazer as reivindicações populares.

OP - O jornalismo de serviço.

Nonato - O jornalismo de serviço, que é o que eu faço no rádio. Então, se eu pudesse fazer na TV o jornalismo do rádio, seria muito mais conveniente. Mas tudo é etapa que um dia vai chegar. Um dia, tenho a certeza de que não vamos precisar divulgar tanto a dor quando já existirem oportunas chances de dar às pessoas as formas de elas se arregimentarem e procurarem os seus caminhos e os seus encaminhamentos.

OP - Parece que você usa sua ideologia espírita, ou espiritualista, nas reflexões do Barra.

Nonato - Não é propriamente da doutrina. Mas o conhecimento que a gente tem da vida. De que não é uma religião que salva, é uma orientação a partir do encaminhamento. Evangélico, católico, eu absorvo todos. Não faço nem questão de revelar que sou da doutrina tal, porque não considero que nenhuma religião salva. O papel importante de consciência cidadã e ética de alguém é poder transformar a própria sociedade. Se você transforma uma sociedade, é possível que você se transforme. Eu tenho a impressão de que eu consegui, e eu já vi exemplos, tocar a alma de alguém que está equivocada, tomando atitudes equivocadas no meio social. Pra mim, a grandeza do jornalismo já serviu. Nós damos palestras em colégio e o que eu mais vejo são comentários em alusão ao tom policialesco do gênero: “Esse cabra ruim deve morrer, esse elemento”, essas coisas. São atitudes equivocadas que eu evito. Muitas vezes, companheiros que fazem esse tipo de programa introjetam a linguagem policial e esquecem a linguagem jornalística. E até mesmo o respeito humano.

OP - Você humaniza mais o programa, o gênero, então?

Nonato - Dizem. Gostaria que a minha participação pudesse ter mais uma ênfase humanística nessa relação.

OP - Quando lhe chamaram e você aceitou, lembrou-se do que sua amiga havia dito?

Nonato - Me lembrei e telefonei pra ela quando completou 10 anos: “Você diz que é um compromisso meu e, para quem acredita sabe, de vidas anteriores, que eu tenho essa dívida cármica, que é o meu carma, que eu poderia estar em outros lugares e neste momento estou beneficiando a alguém que sou eu mesmo, o maior beneficiado de estar no Barra Pesada sou eu, não é a título de ser vitrine, não é aproveitar para trampolim político. É porque eu estou me resgatando”.


OP - Você já foi convidado a se candidatar?

Nonato - Uma vez, convidado diretamente. “Por que você não vem pro partido?”. Não, não é a minha praia, não. Vou lá ganhar dinheiro para, de repente, estabelecer o que o partido quer e ferir o que eu penso? Não.

OP - E o encanto pelo rádio?

Nonato - Desde pequeno, não era a amplificadora, a mensagem, o recado, a informação que me chamavam a atenção. Era saber. Era como criança que pega um brinquedo eletrônico que abre todinho pra saber como é que funciona. Queria ver no rádio isso, como é que ele funciona. E Deus me deu a oportunidade de ter uma chance, muita sorte. A vida me deu muito mais do que eu merecia. Tanto que eu estou saindo endividado por 10 vidas, talvez. (risos)

OP - Como é sua atuação com a doutrina espírita?

Nonato - Eu coordeno uma reunião do Centro Espírita João, o Evangelista. Fica ali perto do North Shopping, na rua Amadeu Furtado. Na verdade, eu frequento muitos centros, conversando e dou palestras. Eles são tão bondosos que me convidam para conversar com o público a respeito dos temas mais diversos: cristianismo, espiritismo, ética, família, violência. Os colégios me convidam para falar sobre violência e família. E nenhum mistura as coisas. Não há religião em colégio nem eu levo temas do colégio para dentro da doutrina. O que a gente faz é uma abertura de consciência. Eu tenho tão boa vida comigo que me chamam para conversar em igrejas católicas e já até dentro de igreja evangélica, e eu vou com todo o prazer. Quando a gente tiver uma consciência de todo o conjunto de informações religiosas, o conjunto doutrinário de cada uma, você concentrando naquilo que é importante, não é preciso você ser fanático de uma religião. Mas utilize o conhecimento do Cristo, a sabedoria de Buda, a fantástica concepção de mundo que tinha Confúcio, aprenda com toda a grandeza de um Francisco de Assis, da madre Teresa, da bonomia de um Chico Xavier, da grandeza de um João Paulo II. Você, tendo todos esses modelos, esses avatares da religião, acho que você muda a sua persona. Vai colocando um pouco de luz de cada ensinamento desses e você vai construindo uma atitude cidadã. E não é que eu seja santo, não.

OP - Você tem uma intuição bem desenvolvida também?

Nonato - Mediunidade? Paranormalidade? Não. Tenho nada. Tenho algumas intuições que me vêm e, quando passa, eu digo: “Eu tinha visto isso, pensado isso, sonhado com isso”. Mas não sei fazer a leitura, não. Ainda sou muito pequeno.

OP - O Nonato da rádio é diferente do Nonato da TV e da internet?

Nonato - Tem a linguagem de cada um. Rádio e televisão se aproximam mais ou menos. A linguagem do blog é muito mais ampliada, muito mais plural, embora o Gente de Mídia (blog) esteja muito mais ligado às pessoas, aos bastidores e às questões da web e da blogosfera; na verdade, e um pouco também de mim. Tem um blog, o Bangalô das Nuvens, que eu comecei para contar as experiências “místicas”, aspas, dez aspas aqui. Os sonhos, de insights que, de repente, aparecem na minha vida.

OP - Por exemplo?

Nonato - Eu tenho um grande exemplo. Eu estava na Rádio O POVO, ainda na avenida Aguanambi, e estava fazendo o programa de manhãzinha. Tinha um cidadão sentado, calado. E as pessoas iam para o estúdio assistir. Nesse dia, só tinha ele, cabisbaixo, desatento ao que estava acontecendo na programação, com um olhar perdido no estúdio. E eu, enquanto anunciei uma música, passei por ele e disse: “Não se preocupe, não. Você vai mudar. Não pense em fazer isso que você está pensando, não”. Mas eu disse de brincadeira. Como quem diz: “Menino, tu tá triste por quê? Vai melhorar”. E ele olhou pra mim: “Muito obrigado. Era isso que eu vim ouvir”. Dez anos depois, aquele jovem se encontra comigo e disse: “Você nem se lembra quem sou eu”. E eu: “Não”. “Você lembra o dia em que eu estive na Rádio O POVO, sozinho no estúdio, você passou por mim e falou? Eu ia me suicidar naquele dia”. (A entrevista é interrompida, porque Nonato para e começa a chorar.)

OP - O que fica de lição?

Nonato - Essa figura me emociona até hoje. Já faz tempo. É bom, porque é anônima, sabe? Não tem ligação. A gente tinha uma visita às delegacias e, um dia, nas orações de grupo, um jovem deu um depoimento que não falava de mim, mas contava a grandeza que deu a ele ouvir um comentário do Barra Pesada. E eu disse: “Puxa vida. Se eu pensasse em abandonar isso, ouvindo exemplos assim, eu poderia estar me traindo também numa coisa que nem foi escrita por mim”. Eu não vim pedir esse emprego. Tenho a convicção de que foi encaminhado. Poderia estar escrevendo em jornal, que adoro escrever, sempre evitando trabalhar em área policial. Mas a língua paga.

OP - O impresso, então, não encanta tanto você quanto o rádio?

Nonato - Me encanta ainda porque gosto de escrever. Um dia ainda vou relatar isso.

OP - Vai escrever um livro?

Nonato - Tenho preparado até o título, que é retirado de um poema do Jáder de Carvalho. Vou dizer aqui e, se alguém copiar e botar num livro, eu cobro os direitos autorais depois: “Todo mar azul nunca esconde tempestade”. Que tem a ver com tudo isso que falei. Não posso reclamar da vida. Dessa vida, nadinha.


OP - Qual é o desafio agora?

Nonato - Quando eu me aposentar de vez mesmo, se a vida me der oportunidade de permanecer aqui mais tempo, pretendo ficar escrevendo. Gostaria de ter um trabalho social. Na minha velhice, estar sempre atuando na parte social, seja com os meus queridos irmãos de Redenção, com quem eu tenho um trabalho junto aos grupos dos quais a gente faz parte, ou qualquer canto. Não gostaria de ficar parado em casa, não.

Daniela Nogueira
danielanogueira@opovo.com.br

Publicado em http://t.co/7HQNzAh - Portal O Povo On Line

Escrevi um comentário na Página do Jornal O Povo. Se for aprovado pela moderação, publico aqui nesta mesma página.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Da arte de admirar e de ser admirado!

Hoje fui notícia no Trem Bala na Tv, programa comandado pelo jornalista Alan Neto e cujo vagão principal leva também o Locutor Evaristo Macedo - o Vavá Maravilha e os jornalistas Moacir Luiz, Sérgio Ponte e Emanuel Macedo.
Mandei para lá esta foto em que eu e a Daniella fazemos uma homenagem ao futebol cearense e ao língua de trapo que iniciou a prática no programa.