quarta-feira, 6 de junho de 2012

Os desafios da gestão escolar

          Gestores são agentes educadores carregados de uma vontade incomensurável de realizar na escola seu efetivo papel:  fazer funcionar a relação ensino-aprendizagem.

          Talvez este seja o grande desafio da escola. Sendo assim, a Educação deve é vista como um desafio constante na busca de novas oportunidades. A Educação deve ser repensada de forma crítica, sem o deslumbramento inicial e ingênuo de que obstáculos a serem transpostos terão pouca ou nenhuma dificuldade.

        De acordo com o professor Marco Oliveira, "convém reconhecer o papel do gestor escolar como de fundamental importância não apenas como coordenador de uma instituição, mas, sobretudo como dinamizador das atitudes e do comportamento de todos que o cercam".

          Ora, quando pensamos nesta relações, vislumbramos uma escola que forma o ser humano com a auto-estima elevada, crítico, consciente, digno, engajado, solidário, dinâmico, participativo, habilidoso, qualificado, responsável, respeitador e espiritualizado, enfim.

          Entretanto, isso jamais será possível - fomar o aluno - se o agente que promove esta formação não puder oferecer as mesmas posturas. Só teremos alunos assim, se tivermos gestores e equipe docente com as mesmas qualidades.
        
           O gestor precisa ter a sensibilidade e a visão estratégica para, dentro da escola, reconhecer o processo que forma os seres humanos em sua diversidade, tornando-os seres íntegros e integrais. O bom gestor precisa dar valor aos pequenos talentos e progressos e trabalhar conjuntamente com os docentes e sua equipe diretiva, de modo a buscar meios interessantes para executar todas essas tarefas que cotidianamente se desenvolvem no chão da escola.

          Outrossim, os parceiros da gestão também precisam reconhecer as atribuições da gestão, as vissicitudes do cargo e a condição humana do gestor, que, como ser humano, fatalmente pode falhar.

         Administrar conflitos, que nem sempre são saudáveis, oportunizar o diálogo e promover a interação comunicativa entre os atores sociais da escola, acaba sendo a seta que aponta o caminho para uma boa gestão. É preciso reconhecer as contradições podem também mobilizar as pessoas e promover o crescimento daqueles que pretendem atingir os objetivos postos para toda escola.

          Resta também ao gestor, saber pedir ajudar quando necessário for, até porque, mesmo com o bom trabalho desenvolvido sempre existirão demandas a serem atingidas pela escola. Tais preocupação são frutos de preocupações que nascem na comunidade, nos profissionais da Educação, e principalmente a partido dos alunos, razão de ser da escola.

          Em relação ao convívio interpessoal, o bom gestor cultiva o do bom relacionamento, o companheirismo, e a possibilidade de se trabalhar as habilidades de todos os partícipes do universo escolar. Segundo Marcos Oliveira, "uma vez observado a diversidade de idéias, opiniões e sugestões, o gestor (a) escolar deve renunciar quaisquer atos de egocentrismo, insegurança e insatisfação que venha a ser disseminado como um 'mal' aos seus subordinados, alunos, pais e comunidade  inseridos nesse contexto".

          Sendo possível o desenvolvimento de tal contexto, mesmo não obstante aos desafios do processo, toda a escola pode se preparar para colher os melhores resultados.

Para aprofundar o tema:

ALVARIÑO,C. ARZOLA, S. BRUNNER, JJ. RECART, MO e VIZCARRA, R. Gestão Escolar: Um estado de arte da literatura
CARVALHO, Marly M. PALADINI, Edson P. Gestão da qualidade: Teoria e caos. Ed. Campus, Rio de Janeiro, 2005.
GARAY, Sergio. URIBE, Mario. Direção Escolar Como Fator De Eficácia E Mudança: Situação Da Direção Escolar No Chile 

sábado, 2 de junho de 2012

XVIII Celebrai com Maria - Em 03 de junho de 2012 - Jaguaruana Ceará


Convido a todos para este grande evento de paz, luz, fé e vida.
Sinto grande orgulho de ter participado de vários Celebrais com Maria, desde a época em que cantava no Ministério Rainha da Paz, junto aos meu grandes amigos Francisco, Nizardo, Felipe, Janída, Léo, Idelfonso, Fabiano, Nizângela, Pedro, Janaína, Jhonny, sob a coordenação da querida Sandra, à época em que participava da igreja...
Aos amigos da querida Jaguaruana, não deixem de ir! Vale a pena salientar a escolha do tema deste ano "Apascenta as minhas ovelhas" Jo 21:17. Como sempre faz, a RCC, tudo é definido em oração. Escolha do tema, roteiro do evento, músicas a serem executadas, até a propaganda do evento - carro de som, cartazes etc -, logo, o tema não poderia ser mais propício. A missão dada por Jesus a pouquíssimos eleitos tem sido cada vez mais ferida e solocupetada. Portanto, rezemos pelas vocações, para que, em breve, a terra abençoada por Sra. Santana, volte a dar alegria ao seu povo com novos vocacionados, padres, freiras e missionários. É por isto que peço vossas orações!
Abraços a todos!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Amor pela História

O tempo está no seu lugar,
Com seu curso normal de sempre.
O passado sem volta,
O presente apressado,
O futuro um enigma.
Mas as coisas do homem
Feitas no tempo,
Nem sempre, meu caro,
Seguem o curso normal.
E você, que se apaixonou pela História,
descobriu que ela é elástica.
Vai e vem, não menos enigmática.
E eu, que amo a História,
Descobri mais que conteúdo,
Mais que sala de aula.
Disseram-me e comprovei
Que ela é prática,
Escrita e fala,
Pensamento e olhar.

Mas inventaram de obrigá-la
Aos seres diversos do mundo,
Impondo os conteúdos,
Itens e subitens.
De certo nunca perdeu seu encanto,
Mas os alunos que encontro,
Dizem quase todos:
"É muito texto, é muito fato, eu tô com sono".

Jane Santos
Este e muitos outros texto você encontra em :http://tudoepoesiasdajane.blogspot.com.br

domingo, 20 de maio de 2012

Mesa da comunhão - Uma breve história



Esta semana vivemos momentos atípicos em nossa cidade por causa de uma foto do altar principal da Igreja de Santana em Jaguaruana, inicialmente postada pelo jovem Daniel Santiago, compartilhada por mim e mais de 45 amigos e comentada por inúmeros usuários do facebook, moradores, filhos de Jaguaruana e até mesmo muitas pessoas de outras cidades e países.

A força das redes sociais e os comentários – às vezes contidos e objetivos, às vezes ácidos e incisivos, fez nosso querido pároco, Pe. Raimundo Barbosa, manifestar-se nas rádios locais. Em entrevista aos repórteres Augusto Marques da União Fm e Iranildo Silva da Popular Fm, Pe. Raimundo esclareceu suas intenções e comentou a polêmica.

Com muita educação, assumiu que a ideia de retirar a mesa da comunhão é antiga, mas havia dois anos que não tocava no assunto, portanto não sabia de onde teria se originado tal polêmica. Sem citar nomes, esclareceu que há muito mais de história da igreja por trás do assunto, que os comentários postados nas redes sociais. Segundo o padre, a mesa da comunhão representa uma época da igreja em que a assembléia em geral e principalmente as mulheres não podiam se aproximar do altar principal. Teria sido uma determinação do bispo diocesano Dom José Haring aumentar o espaço do presbitério, daí a ideia da demolição das grades de separação do altar.

Ressurgida a polêmica, padre Raimundo resolveu se pronunciar. Após salientar que os comentários vinham de pessoas que não frequentavam a igreja, que não conheciam a história e que se apegavam tão somente a coisas do passado, concluiu que há outros assuntos de maior relevância que deveriam ser tratados nas redes sociais e que os paroquianos não deveriam perder tempo com uma coisa tão pequena.

Declarações sobre historiadores à parte, resolvi estudar a história da mesa da comunhão. Descobri num fórum na internet uma ampla discussão sobre a Comunhão de Joelhos. O fórum, alimentado por estudiosos da igreja, padre e seminaristas refere-se justamente à temática que envolve as resoluções tomadas pelo Concílio Vaticano II, citadas pelo Padre Raimundo na entrevista à União FM. Transcrevo alguns trechos deste fórum abaixo.
Antes do Vaticano II, as igrejas tinham vários altares (algumas ainda têm; a matriz de Santana em Jaguaruana, por exemplo, tem três), o padre ficava de frente para o altar e, consequentemente, de costas para o povo, a missa era celebrada em latim, bem como seus cânticos. A comunhão era obrigatoriamente de joelhos e diretamente na boca. Por isso, havia nas igrejas diversas mesas da Comunhão. Em Jaguaruana temos apenas uma, mas em igrejas mais antigas, como no caso da Matriz de São José, na cidade de Bezerros (Pernambuco), havia quatro Mesas da Comunhão: a primeira, que ainda hoje existe, separa o presbitério da nave da igreja; a segunda, que também ainda existe, separa a capela do Santíssimo Sacramento da nave da igreja e as outras duas dividiam a nave da igreja em três espaços. Depois do Concílio Vaticano II, outras formas de receber a comunhão foram acrescentadas, como receber a partícula na mão. Então, estas duas últimas mesas da comunhão– as que dividiam a igreja em Pernambuco– foram retiradas.

Segundo nos conta o professor Flávio Roberto Brainer, participante deste fórum, “cada mesa da comunhão era uma espécie de varanda que se estendia de um lado a outro da igreja, contendo um genuflexório* em toda a sua extensão, onde os fiéis vinham receber a comunhão de joelhos. Era forrada pelos acólitos com uma toalha de linho puro momentos antes da comunhão, sendo retirada antes dos ritos finais para a devida purificação. As pessoas mantinham um respeito muito grande pela mesa da comunhão, de modo que ninguém nela se encostava nem a tocava, uma vez que era sagrada. Tinha, portanto, um grande significado litúrgico que enriquecia a celebração Eucarística da Ceia do Senhor”, afirma.

Lembro-me bem que minha mãe não me deixava sentar na mesa da comunhão. Nem sequer apoiar-me. Lembro das inúmeras polêmicas sobre as pessoas assistirem missa sentadas por sobre a edificação. A discussão não é de hoje.

O que me chamou atenção foi o tamanho da repercussão. Nunca imaginei que o assunto tivesse tamanho alcance e, ao contrário do que disse, o vigário, profundidade. Se é algo tão pequeno e sem importância, por que tantas pessoas se manifestaram? Mesmo não tendo legitimidade nenhuma, mesmo desconhecendo a história, mesmo não participando das missas, por que tantos jovens e adultos de Jaguaruana quiseram compartilhar e comentar o assunto?

À guisa de uma conclusão, respondo da seguinte maneira: as pessoas se importaram com o tema. De uma forma ou de outra, nossas histórias de vida passam pelos espaços da Matriz de Santana. Tenham no seu currículo apenas uma missa por semana ou todos os trabalhos pastorais possíveis na igreja, as pessoas que se envolveram nessa discussão, antes mesmo de conhecimento acerca da história, tem sentimentos e se emocionaram com a possibilidade da retirada da mesa da comunhão.

Por fim, é preciso dizer que mesmo não vivendo numa democracia, mas num espaço pastoral, como salientou o vigário, a igreja é um lugar de memória e qualquer modificação em sua estrutura física deveria ser amplamente discutida, pelo menos com seus frequentadores. É preciso respeitar opiniões divergentes e é necessário que se respeite também, pois, como nos ensinou Cristo, através dos evangelhos, para Deus, nosso Pai, tudo é importante; Ele se preocupa com a sua criação e cuida dela desde as menores criaturas. Até os cabelos de nossas cabeças estão contados. (Mateus 10:29-30). Como seres humanos, cheios de falhas, deixamos muita coisa passar, mas Deus, que é perfeito em tudo, tudo sabe, tudo vê, pois Seus olhos estão sobre os caminhos de cada um nós, e Ele vê todos os nossos passos (Jó 34:21).

*Genuflexório: Peça de madeira fixa ou móvel usado nas igrejas, geralmente na parte de trás do banco, para que os fiéis possam ajoelhar-se e rezar. Lembro-me, na infância de ver várias peças desta natureza na igreja de Santana. Quem tinha condições, mandava fazer a sua e as identificava – a peça geralmente tinha uma placa que indicando a quem pertencia; quem não tinha dinheiro, recebia a sagrada Eucaristia na mesa da comunhão.

Fique por dentro da discussão ao redor do mundo, leia:

http://fratresinunum.com/2009/10/05/no-que-tange-a-santa-comunhao-impera-uma-grande-necessidade-na-igreja/

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Jaguaruana cuida de seus lugares de memória?

Passei este último final de semana em Jaguaruana. O objetivo da família era viver o dia das mães ao lado da minha querida avó materna, nossa pequena borboleta, Marieta Camilo. Minha esposa foi ver sua mãe e eu tinha a companhia da minha e de meu pai. Foi muito bom. Mas sempre que volto à Jaguaruana, aproveito para ver o maior número de amigos. Nunca dá para ver todo mundo, mas não perco a oportunidade de abraçar o maior número possível.

Aproveitei também para rever os lugares da minha infância, juventude e início da vida adulta e profissional. Passeei na Praça Francisco Jaguaribe – praçinha da igreja, participei da missa dominical na matriz de Senhora Sant’Ana, estive na Escola Manuel Sátiro durante a excelente e animada festa das mães do Colégio UNIC e visitei a instalações do CECA – Centro Educacional Cônego Agostinho.

Quando vi a parte do Cônego Agostinho localizado à Av. Simão de Góis, entendi que o tempo tem passado, mas mesmo diante de tantas lições, parece que não aprendemos com os diversos exemplos que a vida insiste em nos dar. Deparei-me com a construção do que julgo serem dois pontos comerciais no lugar onde antes funcionava uma sala de aula do referido colégio.

Digo, julgo, porque o estilo que se apresenta a construção em nada lembra um centro de pastoral, de convivência religiosa ou mesmo uma escola dominical, como se veiculou um dia que se tornaria o prédio do CECA. Foi um choque, mas mesmo assim busquei compreender tal empreendimento. Não consegui.

Minha falta de perspicácia foi logo aviltada pela lembrança da febre que dominou o Brasil nas décadas de 1980 e 1990. Nestes tempos, vários prédios históricos foram demolidos no país inteiro para dar lugar a outros equipamentos de natureza mais rentável, do ponto de vista financeiro. Foram inúmeros cinemas, escolas, sede de antigas entidades classistas e até religiosas que se tornaram shoppings, igrejas e estacionamentos.

Jaguaruana parece ser uma cidade onde a novidade está constantemente tomando o lugar das coisas antigas. A parti do que vi, penso que o passado e o presente são personagens de um imenso conflito. O resultado desta disputa, muitas vezes, é apenas o vazio que fica quando algo antigo desaparece. Não se percebe que o “novo” não pode ser eternamente novo. Ele também se torna velho, e um dia, simplesmente, pode desaparecer.

A repórter Ana Cecília Soares, referindo-se à Fortaleza, em matéria publicada no Diário do Nordeste em 19 de setembro de 2009 disse: “A memória não é feita só de pessoas, personagens e cenas. Lugares como praças, prédios, casas e monumentos também são carregados de lembranças. Há muito de “carne”, afeto e histórias cravadas em meio ao concreto.” Para ela, as edificações participam da formação da identidade de um povo, contam-nos uma parte importante das relações entre cidades e seus habitantes. E eu acredito estritamente nisso! Acho que a lição serve para Jaguaruana também.

Foi triste demais ver o que vi. E senti mais: o conjunto da população parece não se importar muito. Todos ficam atônitos com a novidade, mas no lugar da dúvida, do questionamento e posteriormente da repulsa, parece que as pessoas ficam entorpecidas com o novo.

Precisamos preservar nossa memória coletiva, nosso patrimônio material e imaterial e não devemos permitir que as coisas apenas se desfaçam com o passar do tempo. Se permanecermos assim, logo mais correremos o risco de não saber mais quem somos.

Publicado originalmente em
http://www.jaguaruananews.com/colunas/234-jaguaruana-cuida-de-seus-lugares-de-memoria.html

domingo, 29 de abril de 2012

Fausto Nilo na série Depoimentos


Ontem, dia 28 de abril de 2012, o Centro Cultural Dragão do Mar comemorou 13 anos de vida e trabalho com show do grande compositor Fausto Nilo. Acompanhado por Tarcísio Sardinha, o cearense de Quixeramobim debulhou inúmeros sucesso de seu cancioneiro, para nossa alegria. Quem abriu o show foi a cantora cearense "mignon" Paula Tesser.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

REMO SERVICE - Desrespeito aos prazos e descaso com consumidor

Fiz a compra de um condicionador de ar e comprei também a garantia da ASSURANT por mais 4 anos. Com pouco mais de um ano de uso, o aparelho parou de funcionar. Contactei a central e fui bem atendido. Os problemas começaram a partir do atendimento da assistência autorizada aqui de Fortaleza. A Remo Service tem um péssimo serviço de logística, só vei retirar o produto 10 dias depois do pedido. Com o passar do tempo, já contabilizo 7 contatos com o pessoal da ASSURANT já que os telefones da REMO Service não atendem. Os prazos previstos no contrato (30 dias) já foram estourados e hoje, 41 dias depois continuo sem o eletrônico e sem nenhuma satisfação do pessoal da assistência técnica. Estou juntando material para dar entrada no PROCON da minha cidade.

Ajudem-me a divulgar este caso.

Sobre mim, sobre nós, sobre todos...

 É só...

Do blog Vale das Palavras: Haicais
http://valedaspalavras.blogspot.com.br/2008/12/haicais.html

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O homem

Limitado de fato, deseja o infinito
O homem − deus caído, que os céus lembra aflito!
Se é que foi deserdado de uma antiga glória
De um destino perdido ele guarda a memória!
Se é que a profundidade desses seus desejos
De grandezas futuras já são os lampejos,
Imperfeito ou caído, que mistério é o homem!
Na prisão dos sentidos carnais que o consomem,
Escravo, sente em si, o dom da liberdade,
Infeliz, quer, porém, total felicidade!
Busca sondar o mundo e não tem olho hábil!
Ele quer amar sempre e o que ama é tão frágil!

Alphonse de Lamartine. Méditations. Paris: Lattès, 1987. p. 17.


domingo, 8 de abril de 2012

Noticiário Periferico - Entrevista o Mc/Poeta/Educador social Felipe Rima...


Leia a Entrevista com o Rapper Cearense Felipe Rima que é Líder do grupo Arsenal da Rima, poeta, educador social, empreendedor, rapper e autor do EP Entre o Batuque do Coração e a Poesia da Vitória.

Felipe Rima já foi assunto do nosso blog. Leia também:

http://amenidadeskamillianas.blogspot.com.br/2011/09/entre-o-batuque-do-coracao-e-poesia-da.html

quinta-feira, 5 de abril de 2012

"REFLEXÕES DE UM PADRE DEPOIS DA MORTE"

É um livro mediúnico atribuído ao Espírito Dom Hélder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1999 em Recife, Pernambuco.

É do conhecimento geral, principalmente dos católicos brasileiros: Dom Helder Câmara foi um dos fundadores da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro, cuja luta, nesse processo político da nossa história, o notabilizou no mundo todo, como uma das figuras mais expressivas do século XX, na defesa dos fracos contra a tirania dos fortes e dos pobres contra a usura dos ricos. Pregava uma igreja simples voltada para os pobres e a não-violência.

O livro é prefaciado por Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões. Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1966 a 1975 e tem 30 livros publicados, que reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimatur (ver definição ao final do texto) do Vaticano.

Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores (Editora Ermance Dufaux), o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:

- Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?

Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.

- Do outro lado da vida, o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso?

Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.

- Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?

Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.

- Como é sua rotina de trabalho?

A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.

- Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?

Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.

- O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos centros espíritas?

Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente.

Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.

- O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?

Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.

- Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?

Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.

- Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?

Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande esforço de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.

- Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?

Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.

- Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual. Por que Dom Helder é quem está escrevendo?

Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, sentir a necessidade de me expressar por um médium, quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.

- Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso país?

Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.

- Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?

Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.

- O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?

Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.

- É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?

Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.

- Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?

Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.

- Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?

Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.

- O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?

Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática. Espíritas no futuro? Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais? Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.

- Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?

Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer um nome ou de outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.

- Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora depois da morte?

Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade.

- Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas?

Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.

- Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?

Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor. Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar.

Livro: Novas Utopias / Autor: Dom Helder Câmara (espírito) /Médium: Carlos Pereira

Obs: Imprimatur é uma declaração oficial da Igreja Católica, que diz que um trabalho literário ou similar não vai contra as idéias da igreja e que é uma boa leitura para qualquer católico

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Pular o carnaval e cuidar da saúde

Cuidando da alimentação
No carnaval, o calor está à toda! Para não diminuir o pique e se manter bem, uma boa hidratação é fundamental! Não espere a sede aparecer. Durante todo o dia tome pequenos goles de água. O ideal é, no mínimo, 8 copos pequenos de água por dia.
Nada de ir para o samba em jejum! Faça várias refeições ao dia, incluindo as 3 refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e pequenos lanches intermediários. Assim, a energia está garantida.
No Dieta e Saúde, você encontra ferramentas que
permitem programar as suas refeições para que se alimente corretamente.
Na praia, na avenida ou no baile de carnaval, não há quem resista a uma bebida alcoólica, mas muito cuidado: além de poder acabar com a folia, a bebida alcoólica tem muitas calorias. Um copo pequeno de caipirinha tem 5 pontos. Já, 1 latinha de cerveja equivale a 3 pontos.

Suando a camisa
Se você vai se divertir na avenida ou no baile de carnaval, não precisa se preocupar se faltou à academia ou não foi possível fazer a caminhada diária: 60 minutos sambando pode gastar 180 calorias! No Dieta e Saúde, isso equivale a 3 pontos. E, para compensar tanto esforço, esses pontos poderão ser utilizados em sua alimentação sem prejudicar o emagrecimento.
Agora, se o que você quer mesmo é curtir o feriadão longe da avenida, nada de ficar parado! Uma hora de caminhada pode gastar tanto quanto uma hora sambando. O segredo está no ritmo: quanto mais intenso for mais energia irá gastar!

Se a opção for pular o carnaval na areia da praia que tal arriscar jogar vôlei com os amigos? É diversão pura! Na areia, a energia gasta é maior ainda: somente 30 minutos de jogo intenso pode levar a economizar 4 pontos! O melhor é saber que essa energia poderá ser reposta depois e, aqui no Dieta e Saúde, o seu emagrecimento acontece!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Para Ivonete Maia, letras de saudade

Admirava Ivonete Maia antes mesmo de conhecê-la. Semelhante a ela, passei minha infância em Jaguaruana e sempre ouvia falar de uma emblemática senhora que tinha sido a primeira mulher presidente de um sindicato de jornalistas na história do Brasil. Tive a oportunidade de
crescer e de me encontrar com a profa. Ivonete, à porta de sua antiga... casa, nas dependências do seu minúsculo escritório, onde a máquina de escrever ficava em evidência no meio de inúmeros recortes e livros.
A admiração se intensificou quando, nos primeiros anos do Séc. XXI, Ivonete retornou ao seu torrão natal para fazer a coisa mais antiga de que se tem notícias em tempos de terceiro milênio: amar quem mais nos amou. Juntou-se às suas irmãs e irmãos para cuidar de sua mãe
mais de perto. E foi assim até o fim, em 2008, quando, a cada encontro com Ivonete e a cada conversa, notava que as lágrimas só não eram maiores que a sensação do dever cumprido.
Ivonete continuou na simplicidade - recebendo os amigos, cozinhando aos domingos, costurando sua vida entre o sítio na Volta e a casa na "rua".
Concluiu o trabalho de coordenação da reforma da igreja matriz de senhora Santana, de Jaguaruana e retornou à Fortaleza para ACI e para a recém-criada Ouvidoria da UFC. Disputou duas eleições municipais concorrendo a uma vaga na Câmara Municipal. Na primeira vez ela ficou na suplência. Não teve a oportunidade de assumir. Ouso dizer que não quiseram que ela assumisse; na segunda vez, sozinha, não obteve a votação suficiente...
Hoje Ivonete provoca saudades...
Saudades de um tempo que poderia ter sido diferente, melhor do que já foi.

Ivonete Maia, letras de

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Você é...



Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.


Estão dizendo por aí que este texto é da Martha Medeiros