quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Avatar - Uma boa surpresa pra se começar 2010



Avatar é um filme de ficção científica escrito e dirigido por James Cameron, estrelando Sam Worthington, Zoë Saldaña, Sigourney Weaver e Stephen Lang.
E como uma de minhas principais manias é subestimar as coisas, pensei que seria muito marketing para nada, no que diz respeito a esta película.
Para meu próprio prazer, enganei-me. E nunca foi tão bom enganar-me.
O filme, na visão deste humilde cinéfilo, é um espetáculo.
Concordo com parte do que que diz Eric Borgo, crítico do Portal de cinema Omelete:



Quase uma década sendo criado. Mais de 400 milhões de dólares consumidos entre orçamento de produção, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia e marketing. O primeiro longa-metragem de ficção do "Rei do Mundo" desde o campeão imbatível de bilheteria Titanic (1997). Tudo o que cerca Avatar (2009) é superlativo.

A história do cinema, todavia, já provou mais de uma dezena de vezes que nem tudo o que reluz é ouro (ou unobtainium, pra ficar na terminologia do filme). Grandes produções megalomaníacas despencaram perante o teste do público. Avatar, por sua vez, consegue se estabelecer como um triunfo visual e de design.

É curioso notar como o cineasta passou uma década mergulhado em seu projeto e ele surja ainda tão inovador, à frente de seu tempo. Era de se esperar que qualquer coisa que demorasse tanto para ficar pronta nascesse um tanto datada - tanto que era essa a aposta de muita gente para Avatar (inclusive a minha, confesso). No entanto, as câmeras e a tecnologia de performance criadas do zero por Cameron são tão impressionantes que é literalmente impossível distinguir o que é real do que é modelo criado por computador. As cenas em que humanos e Na´Vi dividem as telas, por exemplo, desafiam qualquer percepção. Pequenos momentos, como a mordida de Jake numa fruta alienígena, emocionam tanto quando passagens criadas para tanto - e ainda assim o filme consegue guardar sequências ainda mais impressionantes para o final (a lágrima de Neytiri é real, só pode ser!)




Misturando fantasia e realidade, Avatar é uma bomba de sedução gráfica, com as melhores cores desenvolvidas pelo homem, na história do cinema.

Como disse meu grande amigo Rogério Carvalho: " - O filme te pega!"

E olha que eu nem vi em 3d!

Recomendo, mesmo!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Cinco shows inesquecíveis



1. Chico Buarque de Holanda - Carioca
Em 2007, quando esteve em Fortaleza, numa terça e quarta-feiras, provou porque ainda é um dos maiores compositores brasileiros da atualidade.
Ponto alto: Bye bye Brasil



2. Samba Meu - Maria Rita
Em 2008, também por estas terras por duas vezes, tive o prazer de ver de perto toda a técnica vocal da filha da Elis, que sabe sobreviver a lado - e não por sob - a frondosa árvore da mãe.
Ponto alto: O que é o amor (na minha humilde opinião, a música do ano!) e a interpretação da cantora para a música Muito Pouco, de Moska. Ela parecia estar em transe!!



3. Perfumes de Sim - Vanessa da Mata
Em 2009, a cantora/compositora mais atraente do Brasil veio à Fortaleza, praticamente estrear o novo show, originado do cd e dvd ao vivo, lançado pelo Multishow. Cheguei cedo, fui com a família e fiquei praticamente aos pés de Vanessa. Incrível!
Ponto alto: O momento em que ela errou a letra de uma música nova e humildemente, pegou a cola e começou tudo de novo.



4. Khrystal - Coisa de Preto
Em 2009 conheci Khrystal e fui vê-la duas vezes. Uma no auditório do BN e a outra no Festival UFC de cultura. Khrystal é a prova viva de que há tanta coisa boa espalhada por este Brasil a dentro que pouca gente ainda conhece.
Ponto alto: Khrystal cantando João do Vale - Carcará; E também, nosso encontro no final do show! Muito bom!!!





5. Drês - Nando Reis
Já agora em 2010, subi o Maciço de Baturité, em busca de Guaramiranga, a Suíça cearense. Na noite do dia 15, Nando Reis e os infernais cantaram para quase cinco mil pessoas no campo de futebol da cidade. Ora, Nando Reis, como compositor é quase uma unanimidade. Seus sucessos mais antigos, como Marvin, Cegos do Castelo e Relicário, juntaram-se às composições mais recentes como Do seu lado, Sou dela e Ainda não passou. A prova dos nove foi Fortaleza, no outro dia, show em que colocou 20 mil pessoas no Parque do Cocó.
Ponto Alto: O bis, com um pout pourri das antigas e a despedida com a música Do seu lado

E você, quais foram os seus shows inesquecíveis?

Forte abraço do Prof. Kamillo

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

E pra que serve a História?




Caros amigos leitores,

Gostaria de compartilhar com vocês a aula que apresentei na seleção de professores feita pelo SESPE/UNB para a SEDUC - CE.

PLANO DE AULA
“A África que os Europeus dominaram” – O Império do Mali e o Reino do Kongo
Componente Curricular: História
Tema: Idade Média
Assunto: Os reinos africanos nos Séculos V ao XV.
Tempo Estimado: Uma aula

OBJETIVOS:
Geral:
Estudar sobre o Império do Mali e o Reino do Kongo antes e depois da chegada dos europeus.

Específicos
1. Discutir sobre a existência de uma diversidade de povos com culturas complexas e diferenciadas na África subsaariana.
2. Mostrar a importância das fontes orais para a reconstrução da história da África antes do contato com os europeus.

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
Não obstante aos nossos objetivos, ao final desta aula, os alunos devem ter a habilidade de:
• Identificar personagens da sociedade africana dos séculos V ao XV, como o General Sundiata Keita;
• Descrever qual função social e política do ManiKongo;
E a competência de:
• Reconhecer o valor das pessoas mais velhas no que diz respeito ao processo de escrita da história de um povo.
• Comparar a situação da África antes e depois da chegada dos europeus.

JUSTIFICATIVA
Consciente de que a história da África precisa integrar efetivamente o currículo oficial, conforme determina a lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, há tempos se faz necessário focalizar e estudar a longa trajetória dos povos africanos e a relação cultural e comercial entre eles e os povos de outras partes do mundo. No Brasil, onde os descendentes de africanos são contados aos milhões, a necessidade de trazer estes temas para sala de aula fica ainda mais evidente, pois cabe também a nós, como escola, efetivar o que determina a lei.

METODOLOGIA
Apresentar o assunto da aula e promover uma experiência inicial de debate, motivada pela pergunta: “O que eu sei sobre a África?”; Após a sondagem, apresentar os conteúdos sobre o Império do Mali e o Reino do Kongo, na medida em que o diálogo com os alunos for fluindo. Promover a leitura do texto que contém as informações sobre o conteúdo, explorando as seguintes questões:
A. Por que não existem fontes abundantes para se estudar a história do Império do Mali?
B. O que eram os Griots e qual sua importância para a história da África?
C. Qual a importância do Reino do Kongo para nós brasileiros?

SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Trabalho de pesquisa
Procedimentos:
1. Organizar a turma em grupos de no máximo 4 componentes.
2. Pesquisar e trazer para a sala informações complementares acerca do conteúdo. Todos devem trazer o máximo de informações que conseguirem (Matérias de jornal, revistas, pesquisas feitas em sites, outros livros, enciclopédias etc).
3. Na aula seguinte, promover o encontro dos grupos, munidos das informações obtidas.
4. Fazer uma triagem de todo conteúdo trazido para sala de aula, a fim de eliminar elementos repetidos.
5. Com os conteúdos organizados, construir um mural sob o título: “O que nós sabemos sobre a História da África.”

MULTIMEIOS NECESSÁRIOS
Texto, pincel, quadro, tarjetas, fita adesiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História: sociedade e cidadania. São Paulo: FTD, 2004

Um forte abraço do Prof. Kamillo

sábado, 9 de janeiro de 2010

Nós e os nossos belos animais de estimação.




Alguns amigos, os mais próximos, devem conhecer a Babalu, a cachorrinha que até pouco tempo chamava de minha. Como casei e saí de casa, ela agora pertence apenas aos meus pais. Mudei de categoria na casa dos pais; ela também.

Mas o post é justamente sobre isso: a relação com os bichos de estimação.

O século XX pode ser considerado como a era que os "selvagens" entraram dentro das casas. começou com as gatinhas e cadelinhas das artistas americanas que faziam sucesso no cinema da década de 1920, passou pelos cães de guarda que viraram os melhores amigos nas décadas seguintes até chegarmos aos bichos exóticos da década de 1970, os animais de grande porte, como cavalos, por exemplo, na era de ouro do turfe e das corridas, em 1950 em diante.

Nos últimos anos da década de 1990 e nestes primeiros anos do século XXI, estourou uma febre pelos pets comandada pelas clínicas veterinárias, pets shops e a indústria alimentícia voltada para este público específico.

Aqui entra a Babalu. O fascínio que a cadelinha meio yorkshire, meio sei lá exerce sobre todos que a conhecem - todos, eu disse todos!!!! - é impressionante.

Você que tem animal de estimação, alguma vez pensou que por acaso, ele quis mandar alguma mensagem, fez algo planejado, de propósito, que mostrar-se para o público intencionalmente, como se fosse pensado? Pois você não é o único(a)! Algumas vezes já suspeitei que a Babalu seja humana, numa outra configuração que ainda não compreendi como seja possível. Será que você me entende? Bem, se não, sem problemas; eu também não entendo.

Antes de escrever este post, li várias coisas na net sobre o assunto, matérias das quais retirei algumas informações que uso aqui. Posts a favor e outros contra o carinho que temos com nossos bichinhos-quase-humanos.

Sem entrar no mérito da questão: quando chegamos em casa, depois de um longo dia de trabalho e somos recepcionados pela alegria de um ser que demonstra, do jeito dele(a) que gosta muito de você ou que quando você está triste, doente ou deprimido, fica ao seu lado, meio que te dando uma força, nessa horas vemos que vale a pena o que dedicamos a eles...

Por fim, duas coisas: primeiro quero me desculpar aos donos de gatos, peixinhos e outros, como hamesters, cobras, pássaros, mas o post fala mesmo dos nossos melhores amigos, os cães e as cadelas; e, em segundo lugar, acredito no que disse sobre a Babalu: Ela é humana!

Este post é dedicado ao meu amigo Rogério Carvalho e a um antigo amigo nosso, o Devitto!

Dica de leitura:
Marley e eu - Jonh Grogan

Forte abraço, do Prof. Kamillo

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A educação nossa de cada dia.



"Bom dia!"
"Olá, como vai a família?"
"Obrigado, é muita gentileza sua!"

Quanto custa ser bem educado? Caro, com certeza.
Quanto custa ser bem educado todos os dias? Muito mais caro ainda.

Ora, você deve estar se perguntando: Como ser gentil e agradável num mundo que transpira insultos? Sei que é difícil, mas cabe a nós transformar tal situação.

Se violência gera violência, por que não acreditar que gentileza gera gentileza?

Experimente a magia contida no sorriso!
Seja sincero quando mostrar os dentes para um desconhecido ou amigo, seja ele ou ela o vendedor da loja, o atendente do guichê, o caixa do banco ou alguém que está sentando na praça.

Um sorriso mal feito, mal dado, remonta a origem primitiva do gesto, de quando éramos irracionais, tais como cães e lobos ainda fazem: a vontade de devorar o oponente.

Quantas vezes saímos de casa dispostos a engolir o adversário, seja ele quem for.

É tempo de mudar de postura.

Se os outros são mal educados ou hostis, que sejam... É uma pena.

É nossa responsabilidade iniciar a mudança.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O passado como direito.



Estava assistindo na Rede Globo de Televisão o primeiro capítulo da minissérie Dalva e Herivelto - uma canção de amor, de autoria de Maria Adelayde Amaral, com direção de Dênis Carvalho.

A visão do passado, feita através da produção caprichada daquela rede de tv, confirmou-me um antiga convicção dos tempos do curso de História: o passado deveria ser um direito e não um dever.

É isso que temos feito; transformamos a História em uma obrigação. Isso também nos tem afastado dela. Talvez não a mim, ou a você que dedica parte do seu tempo para ler algumas linhas escritas por um historiador, mas a grande maioria dos jovens da contemporaneidade, os incontáveis meninos e meninas que têm entre 12 e 25 anos.
Para eles temos ensinado que o passado é um dever.

Ora, já ouvimos a frase que diz que tudo que é obrigado é chato, pesado, sem gosto... E é mesmo, não há o que contestar.

A magia do aprendizado é o interesse e muitas das vezes não gostamos porque não nos é dado o prazer de conhecer.

Assistindo o programa, ouvi composições de Mario Lago, Ary Barroso, Braguinha, Lamartine Babo. Sei que é muita pretensão da minha parte que ídolos das décadas de 1920 e 1930, concorram com "tufões midiáticos" como Lady Gaga ou Beyoncé Knowles.
Mesmo assim não acredito que aqueles que arrastaram multidões no passado mereçam o ostracismo ou o desconhecimento total.

É um direito de cada ser humano conhecer o passado.

Se vamos gostar dele ou não, aí é outra conversa.

Forte abraço, do Prof. Kamillo Silva

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Entre fogos e ausências


O réveillon é um acontecimento. Não resta dúvida! Mas será que alguém pára e pensa sobre o que ele significa e sobre o que fizemos com ele?

Atentem, por favor, para estes números que revelam os custos das maiores festas de réveillon do país:
Rio de Janeiro: R$ 9 milhões;
Recife: R$ 5,5 milhões;
Fortaleza: R$ 4,5 milhões;

Panis et circenses vive!

Gosto sempre de me perguntar por que se teima em esquecer que o 1º dia do ano é o dia mundial da paz. Por que estourar as sidras se isso significa necessariamente beber e dirigir, sem falar da infinidade de pais que obrigam seus filhos pequenos a sorver a bebida alegando ser o ato um rito de passagem e ignorando o fato de que podem, por ventura, estarem iniciando a vida etílica daquela pessoa. E as lições de meio ambiente e conservação do planeta? Todas elas somem entre a fumaça das toneladas de fogos de artifício, espelhadas pelos céus do mundo todo...

Transformamos a passagem do ano num quase-monstro uniforme, numa festa belíssima, mas que esconde sob um véu brilhante, pequenas tragédias anunciadas.

Sonho com um réveillon diferente: uma festa sincera, que pode ser grandiosa, onde as pessoas se encarem de frente e, ao invés de apenas desejar um feliz ano novo, convidem os companheiros a fazer melhor neste ano que se inicia.

Esta é a grande ausência da festa da passagem de ano: uma ação!

Pense no significado que seria dizer "Vamos fazer melhor neste feliz ano novo!"

E para quem pensa que somente dizer não significa nenhuma mudança, lembre-se: "No princípio era o verbo."
Sim, acredito que a gente pode fazer diferente iniciando tudo através de uma frase.

Que tal você compensar esta ausência e criar a sua frase de ano novo?

Sabemos que não custa tentar.