segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O passado como direito.



Estava assistindo na Rede Globo de Televisão o primeiro capítulo da minissérie Dalva e Herivelto - uma canção de amor, de autoria de Maria Adelayde Amaral, com direção de Dênis Carvalho.

A visão do passado, feita através da produção caprichada daquela rede de tv, confirmou-me um antiga convicção dos tempos do curso de História: o passado deveria ser um direito e não um dever.

É isso que temos feito; transformamos a História em uma obrigação. Isso também nos tem afastado dela. Talvez não a mim, ou a você que dedica parte do seu tempo para ler algumas linhas escritas por um historiador, mas a grande maioria dos jovens da contemporaneidade, os incontáveis meninos e meninas que têm entre 12 e 25 anos.
Para eles temos ensinado que o passado é um dever.

Ora, já ouvimos a frase que diz que tudo que é obrigado é chato, pesado, sem gosto... E é mesmo, não há o que contestar.

A magia do aprendizado é o interesse e muitas das vezes não gostamos porque não nos é dado o prazer de conhecer.

Assistindo o programa, ouvi composições de Mario Lago, Ary Barroso, Braguinha, Lamartine Babo. Sei que é muita pretensão da minha parte que ídolos das décadas de 1920 e 1930, concorram com "tufões midiáticos" como Lady Gaga ou Beyoncé Knowles.
Mesmo assim não acredito que aqueles que arrastaram multidões no passado mereçam o ostracismo ou o desconhecimento total.

É um direito de cada ser humano conhecer o passado.

Se vamos gostar dele ou não, aí é outra conversa.

Forte abraço, do Prof. Kamillo Silva

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