Na
semana em que foi divulgado o terceiro relatório da Pesquisa de Condições
Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (PCSVDF), a
EEEP Juarez Távora conclui, para o ano de 2017, as ações do “Dia Laranja” na
escola.
O
Dia Laranja pela Eliminação da Violência contra as Mulheres é uma iniciativa da
Organização das Nações Unidas (ONU) de alerta sobre a prevenção e eliminação da
violência contra mulheres que acontece no dia 25 de cada mês. Na escola, o
projeto é coordenado por uma comissão de alunos e orientado pela professora de
Língua Portuguesa, Isabel Muniz e pela coordenadora pedagógica, Fernanda
Ramalho. Durante a ação, toda a comunidade escolar – alunos, professores
funcionários e gestores, são convidados a vestir ou usar algum acessório na cor
laranja.
Para
além desse destaque, há diversas ações voltadas para a temática. Nesse o ano
letivo, a escola recebeu palestrantes, realizou fóruns de debate, ofereceu
oficinas de defesa pessoal, produziu cartazes e dois vídeos documentários com
os estudantes, discutindo reflexões e ações sobre a misoginia e o enfrentamento
da violência.
A
pesquisa citada foi realizada pela Universidade Federal do Ceará, em parceria
com o Instituto Maria da Penha e o Institute for Advanced Study in Toulouse,
com apoio da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, do Governo
Federal, e apoio do Banco Mundial e do Instituto Avon. Uma de suas constatações
mais chocantes é sobre a transmissão da violência entre gerações.
Segundo
a Coordenadoria de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará, em
matéria publicada no site da instituição, “quatro em cada 10 mulheres que
cresceram em um lar violento disseram sofrer o mesmo tipo de violência na vida
adulta, ou seja, há uma repetição de padrão em seu próprio lar. A chamada
transmissão intergeracional de violência doméstica (TIVD) é definida como um
mecanismo de perpetuação do problema, que, segundo os estudos, sugere maior incidência
em lares onde a mulher, seu parceiro ou ambos estiveram expostos à agressão na
infância.”
Diante
de tal evidência a escola é um lugar privilegiado para fomentar a discussão e
formar seu público, composto predominantemente de crianças e adolescentes, para
não perpetuarem tamanha chaga social e virem a se tornar agentes efetivos no
combate à violência doméstica, contra a mulher.
Em
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Links
para os documentários produzidos pelos estudantes:
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Sobre o dia 25 - Dia
Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher
Aprovada em 17/12/1999 pela Assembleia Geral das
Nações Unidas, a data foi proposta pelo movimento latino-americano de mulheres.
Trata-se de uma homenagem às irmãs Mirabal – Patria, Minerva e María –
assassinadas pela ditadura de Rafael Trujillo, na República Dominicana, no dia
25 de novembro de 1960. O assassinato das irmãs Mirabal, conhecidas como Las
Mariposas em suas atividades políticas, causou grande revolta entre a população
dominicana, que culminou com o assassinato de Trujillo em maio de 1961.
No 1º Encontro Feminista Latino-Americano e do
Caribe, realizado em 1981, na cidade de Bogotá, Colômbia, a data do assassinato
das irmãs Mirabal foi proposta pelas participantes como Dia Latino-Americano e
Caribenho de Luta contra a Violência à Mulher.
Fonte: http://www.compromissoeatitude.org.br/datas-importantes-no-enfrentamento-da-violencia-contra-as-mulheres-no-brasil-e-no-mundo/
Créditos das Fotos: https://www.facebook.com/professoraisabel.muniz